18 anos de Youtube

O Youtube alcançou a maioridade, no mês de fevereiro faz 18 anos em que a plataforma ajuda os criadores a crescerem com seus trabalhos e marcas alcançarem públicos que antes não tinham acesso através da publicidade tradicional. Entenda como esse processo mudou durante os anos e como a plataforma de vídeo ainda é um espaço amplo para criar e inovar.

Desde sua fundação em 2005, o YouTube se tornou uma das plataformas de mídia social mais populares do mundo. Ela permitiu que usuários de todo o mundo compartilhassem seus vídeos e conteúdos com milhões de pessoas, e à medida que o YouTube foi crescendo, suas formas de engajamento mudaram drasticamente.

Olhando para essa linha do tempo, podemos explorar as mudanças no algoritmo do YouTube, bem como as formas como as marcas foram conquistando seu público através da criação de conteúdo na plataforma, do mais simples ao branded content de milhões. Vamos examinar os formatos mais populares na plataforma, quais deles a JAMBU já utilizou e como estes conteúdos engajam mais o público.

Mudanças no Algoritmo do YouTube

Desde sua criação, o algoritmo do YouTube evoluiu significativamente para garantir que o conteúdo mais relevante e interessante apareça na página inicial de cada usuário. Quando o YouTube foi lançado pela primeira vez, os usuários eram apresentados aos vídeos mais populares e mais vistos na página inicial da plataforma. No entanto, essa abordagem mudou drasticamente com a introdução do algoritmo a partir de 2012.

O algoritmo do YouTube é responsável por classificar os vídeos na plataforma com base em sua relevância e popularidade. A tecnologia leva em consideração fatores como o número de visualizações, curtidas, comentários, compartilhamentos e a duração do tempo que um usuário assiste a um vídeo antes de sair. O algoritmo também considera a qualidade do conteúdo do vídeo, a retenção do público e a frequência com que o criador posta novos vídeos.

Já em 2016, esse mesmo processo teve outra mudança importante, o algoritmo do YouTube começa a favorecer vídeos com o maior número de visualizações e inscritos, no entanto, a mudança no algoritmo levou em consideração a retenção de público e a frequência com que um usuário assistia a um canal específico.

O coreano Psy chegou a 4,7 bilhões de visualizações com seu clipe Gangnam Style.

Tudo isso significou que os criadores de conteúdo precisavam criar vídeos que mantivessem o público assistindo por mais tempo, o que levou a um aumento na qualidade, no tempo de vídeo e na diversidade dos conteúdos no YouTube.

Pode ter sido nesse momento que realmente observamos uma virada de chave (há tempos prevista por especialistas) na opção do público pelo conteúdo de streaming ao invés do conteúdo televisivo tradicional. Com o engajamento do público valorizado a cada minuto de vídeo vimos nascer produções.

Até mesmo os formatos em vlog mais simplistas mudaram para melhor, naquele mesmo ano no Brasil, por exemplo, o canal de humor Porta dos Fundos liderava, desde a mudança do algoritmo, o número de inscritos brasileiros na plataforma. Tudo mudou quando o canal do humorista Whindersson Nunes, que havia começado em 2011 com apenas uma câmera e muitas ideias, chegou ao primeiro lugar em inscritos no país, mostrando também uma mudança de qualidade em seu conteúdo.

O engajamento, um cálice de ouro

Uma das melhores maneiras de conquistar um público no YouTube é por meio do engajamento. O engajamento refere-se à forma como os usuários interagem com um vídeo, incluindo curtidas, comentários e compartilhamentos. Quando um usuário interage com um vídeo, ele envia um sinal ao algoritmo do YouTube de que o vídeo é interessante e relevante. Isso pode levar a uma classificação mais alta do vídeo na plataforma.

As marcas podem conquistar seu público no YouTube criando conteúdo de alta qualidade que seja informativo, divertido e envolvente. O conteúdo que envolve o público e incentiva a interação, como comentários e curtidas, pode ter um impacto significativo na classificação do vídeo na plataforma.

Na JAMBU tivemos a oportunidade de criar uma série de conteúdos exclusivos com a proposta de engajamento para nossos clientes dentro da plataforma. Um bom exemplo é o branded content feito para a campanha Faça Parte da Mastercard, que extrapolou os limites da web para poder agir no mundo físico durante a pandemia.

Em uma série de vídeos com mais de 50 mil vizualizações foi possível mostrar histórias da histórica Trancoso, na Bahia, divulgando a campanha que doou mais de 400 mil refeições para regiões carentes em um momento muito difícil que o mundo todo passou. Na pandemia também foi possível ver o fenômeno das lives se tornarem grandes pontos de engajamento e apoio às pessoas que precisavam de ajuda durante o isolamento.

Os criadores de conteúdo também podem usar a descrição do vídeo para incentivar o engajamento do público. Adicionar perguntas na descrição do vídeo pode incentivar o público a deixar um comentário e compartilhar suas opiniões. As marcas também podem usar hashtags relevantes para tornar seu conteúdo mais fácil de encontrar na plataforma.

Formatos que engajam

Entre os formatos que se destacaram durante os anos no Youtube, cada um tem suas próprias vantagens e desvantagens em termos de engajamento do público, hoje por exemplo, se destacam grandes produções como a do americano Mr. Beast ou os famosos “mesacasts” como Flow e PodPah.

Os realities também invadiram a plataforma, os Daily vlogs foram durante muito tempo o auge da plataforma, alguns youtubers chegavam a mostrar 24 horas de seu dia em um vídeo de 30 min ou mais. Hoje, lives que acompanham criadores em alguma tarefa do dia são como a evolução desse formato, que além de engajamento pode monetizar o conteúdo através de interação com o chat.

Na JAMBU fizemos parte da produção do primeiro Reality de Jiu-Jítsu do Mundo. Com episódios que ultrapassaram mais de 50 mil visualizações, o pioneirismo do BJJ Stars rendeu um produto interativo para uma audiência global engajada com o a arte suave.

Os multiformatos e shorts são a nova ordem

Com a popularização dos vídeos curtos trazida por apps como TikTok, o Youtube precisou se adaptar à esse formato sem deixar de lado os seus formatos consolidados, para isso o algoritmo está mudando novamente e segundo a própria plataforma o caminho está no multiformato e nos conteúdos curtos.

Como exemplo na JAMBU tivemos o projeto de conteúdo em parceria com a Japan House e a Icons. A Jambu Content criou e produziu programas documentais das cidades de Santos, Campo Grande, Curitiba e São Paulo para comemorar a data da imigração Japonesa

no Brasil. O projeto teve transmissão ao vivo para o Brasil e Japão e distribuição por canais e redes sociais.

Já o "Shorts" foi a resposta da plataforma para o boom de vídeos curtos que surgiram nos últimos anos, a monetização dos vídeos tem sido o diferencial, mas recentemente outras plataformas aderiram à monetização de forma ainda tímida, mas eficiente. No Youtube, os Shorts estão atraindo mais de 1,5 bilhões de visualizações mensais.

Mas para se qualificar para o Programa de Parcerias do YouTube, o canal precisa ter pelo menos 1.000 inscritos e 4.000 horas de exibição pública nos últimos 12 meses ou 10 milhões de visualizações públicas de Shorts nos últimos 90 dias.

Como já foi dito, a página inicial do Youtube é baseada em interesse, que consiste na experiência primária de assistir, combinado com a simplicidade de participação, já que qualquer smartphone tem acesso à plataforma. Isso ajudou a alimentar uma nova geração de criadores de conteúdo e marcas e apoiou o crescimento do vídeo curto, oferecendo novas maneiras de descobrir o conteúdo.

É também um momento empolgante para os anunciantes, que precisam levar em consideração os novos períodos de atenção dos espectadores, ainda mais curtos. Eles precisarão ajustar seu conteúdo para atrair imediatamente a atenção do espectador e não esperar que prestem atenção simplesmente porque está na tela. Essa é uma boa oportunidade para eles investirem em criatividade e parcerias com criadores que já conhecem o formato.